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A construção da cidade era uma oportunidade ao engenheiro Aaräo Reis de planejar científica e racionalmente o espaço urbano. A intenção era "privilegiar a circulação e ensejar ao Estado o controle sanitário, fiscal, policial e de desenvolvimento urbano. A construção da Capital do Estado exigiu do governo de Minas empréstimos que foram feitos com o Banco de Paris e o Banco dos Países Baixos em 1897. Segundo estimativa de Paul Singer, ela teria custado em cruzeiros de 1965, uma quantia de aproximadamente 33 bilhões. A cidade foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897 pelo governador Crispim Jacques Bias Fortes, sendo nomeado Alberto Ferraz como Prefeito. Contava com 10.000 mil habitantes e foi-lhe dado o nome de Cidade de Minas, que voltaria a chamar-se Belo Horizonte em 1901.
A cidade criada para ser a sede administrativa do Estado de Minas Gerais e abrigar a elite estadual, privilegiou a zona urbana onde além do alto preço dos lotes, as construções deveriam obedecer às exigências do município. Os trabalhadores fixaram-se nos subúrbios, sendo criada em 1909 a primeira Vila operária a do Barro Preto. Belo Horizonte hierarquizava socialmente o seu espaço acompanhando os modelos das cidades burguesas européias.
A zona urbana estava reservada às classes ricas e aos funcionários públicos - servidores do Estado - enquanto que operários e artesãos localizavam-se na zona suburbana e rural. Dentro da zona urbana a região mais próxima ao Ribeirão Arrudas era destinada à estação ferroviária e ao comércio. Do outro lado estavam os serviços mais "nobres" como a Praça da Liberdade, a Prefeitura, o Teatro, etc. A cidade era abastecida pela "zona rural" onde um grande número de imigrantes italianos e espanhóis se estabeleceram. Foram criadas os colônias de Carlos Prates, Bias Fortes entre outras. Os imigrantes desempenharam papel importante na construção da cidade e outras atividades urbanas como pequeno comércio
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